Intercâmbio
Visita a outros países sem sair de casa
Aiesec Pelotas está buscando interessados em receber por seis semanas intercambistas estrangeiros
Paulo Rossi -
É das vivências mais saborosas da vida a da troca cultural com outros povos. Divide-se costumes, idiomas e, principalmente, realidades. Ir a outros países é o ideal, mas existe possibilidade de ter tal experiência sem sair de casa. A Association Internationale des Etudiants en Sciences Economiques et Commerciales (Aiesec Pelotas) está atualmente recebendo inscrições para pessoas que queiram receber em seus lares intercambistas oriundos do Equador e do Chile.
A Aiesec é, atualmente, a maior organização jovem do mundo. Com o propósito de despertar liderança em jovens, ela trabalha com o intercâmbio sempre priorizando a troca com países menos desenvolvidos, principalmente da América Latina. Em Pelotas, a associação surgiu em 2010 e, desde 2012, funciona como um escritório independente, localizado na Universidade Católica de Pelotas. Em 2017, 42 pelotenses foram para outros países e nove estrangeiros chegaram na cidade através do programa.
De acordo com o membro da Aiesec Rafael Massault, faz parte da filosofia da organização esse propósito. "Priorizamos lugares que sejam mais desafiadores para que o intercambista tenha uma experiência mais forte dentro dessa ideia de criar liderança." Nos países em que visitam, sempre por um período de seis semanas a dois meses, os jovens desenvolvem projetos voltados a educação, igualdade de gênero, mudanças climáticas, entre outros, ligados a ONGs locais.
Massault foi intercambista no ano passado. Ele passou dois meses em uma tribo indígena do interior da Costa Rica ensinando - e, claro, também aprendendo - sobre conscientização em relação ao aquecimento global. Lá, conheceu linguagem diferente e novos tipos de plantas que os locais cultivavam em horta comunitária. "Me desenvolvi muito sobre política, sobre contato com o próximo", comenta.
E esse choque cultural é um dos principais objetivos do intercâmbio da Aiesec, segundo a também membro Laleska Vieira. "É um dos nossos valores o respeito à diversidade. Saber se adaptar e crescer como pessoa", diz. A organização foi fundada em 1948, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, exatamente com a intenção de diminuir as tensões entre povos resultantes do conflito.
Quem pode receber
Os equatorianos Ronny Paucar e Jose Andrés Pozo, ambos de 21 anos, e a chilena María Fernanda Vidal, de 30 anos, são os três estrangeiros esperando por uma casa em Pelotas. Eles são unânimes quando perguntados pela escolha pela cidade: optaram por país que falasse outro idioma além do espanhol e do inglês e por região distante das multidões e da centralização de oportunidades das grandes capitais.
Quase qualquer pessoa pode recebê-los, pelo período de seis semanas. É preciso apenas oferecer uma cama, a chave de casa, conexão wi-fi e uma refeição diária. E, claro, ser aberto à iminente troca cultural. Para se cadastrar, é preciso entrar em contato pelo telefone (53) 3028-0566 ou pelo e-mail [email protected].
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